Thursday, March 13, 2008

Visita a Macau


e lá fui eu no ano novo chinês pedir os meus desejos. Macau - templo A-Ma, kluane.

Tudo de novo


Me in the rain at the pilots house attending a surprise party!!
A minha vida começou de novo... faço finalmente aquilo que realmente gosto! Estou muito mais próxima das pessoas e do que me interessa realizar!
Acompanhada dos meus novos amigos tenho vivenciado as relações humanas de uma nova forma! cada um deles tem um pequeno grande romance para contar porque nenhum deles faz das suas experiências um drama, ainda que muitas vezes assim pareça.

Wednesday, March 5, 2008

Os dias 11 e 12 de Fevereiro de 2008

Dia 11 de Fevereiro de 2008

Bali
O telefone do quarto toca no momento em que tiro as últimas camisas do roupeiro em direcção à mala. Será da recepção dizendo que estou atrasada para fazer o check out e chegar a tempo ao aeroporto.
“-Hello!”
“- Hello!”
“- Ah, olá!”
“Ramos Horta foi baleado no estômago e o guarda costas morto.. não consigo fazer telefonemas para Dili, a linha internacional foi suspensa.”
“ Em que estado está Ramos Horta? Foi evacuado? E o ambiente em Dili?
“ Não foi grave, mas acho que talvez devêssemos esperar até amanhã para ver a evolução da situação...”
Mentalmente penso que não posso esperar, tenho que ir, ver como estão meus amigos! Vou ligar já a seguir a mana Cata... De facto as linhas não funcionam. Ligo ao José para lhe dar conta que estou em Bali e que voo em duas horas para Dili.
Termino rapidamente a minha mala e sigo para o aeroporto. Só penso em contactar mana Cata.
Sentada no coffee shop do aeroporto, peço mais um café e ouço as notícias que passam na CNN. Surge a notícia do atentado contra o Presidente e eu peço para aumentarem o som da televisão. Várias figuras de estado vão dando entrevistas via telefone. Vão surgindo mais passageiros que seguindo também para Timor estão atentos às notícias. O silêncio instala-se com as respostas de Zacarias da Costa ao pivot da CNN. Não obstante o tiro contra o presidente, o assassinato do seu guarda costas, a ainda não confirmada morte do Major Reinado e o atentado contra o Primeiro-Ministro, Dili está calma.

Dili
Chego a Dili tendo vivido o pior voo da minha vida. Sinto-me agitada enquanto aguardo a mala. Mana Cata vem a caminho e eu começo a fazer os telefonemas a informar que cheguei. Á saída do aeroporto vejo mana Cata ao longe. Abraçamo-nos fortemente e com o tempo necessário para apreciarmos o forte abraço de saudade e do meu regresso. Atropelamo-nos nas palavras e decidimos despachar eventuais amigos que pretendem a nossa companhia. Há muito para contar... urge saber o que se passou em Dili e quais as informações e boatos que correm sobre a evolução do estado de segurança do país. Decidimos almoçar na Avenida da Marginal onde se encontram as embaixadas. Sentamos de frente para a Avenida com o mar no nosso horizonte. Mana Cata começa a contar todos os acontecimentos de que tem conhecimento. Os tanques das tropas australianas circulam na avenida chamando a nossa atenção pelo barulho infernal que fazem. E agora? Que irá acontecer?
A nossa embaixada emite inexplicavelmente tarde um alerta dos acontecimentos e aconselha a minimizar a circulação ao essencial. Sabemos que não podemos contar com a nossa embaixada para estarmos devidamente informados dos perigos que surgem. O que vale é networking com as ONG’s e amigos de outras nacionalidades.

De Portugal chegam sms e telefonemas. Mas tudo de momento está tranquilo, nada a registar. Inside information diz-nos que vai ser emitido um comunicado anunciando o recolher obrigatório, estando ainda a ser discutido o período. Vamo-nos abastecer de água e alguns enlatados.
È finalmente anunciado o recolher obrigatório por 48 horas entre as 20 horas e as 6 horas. Agendamos os nossos afazeres por forma a que se respeite o recolher obrigatório. O impulso que mana Cata e eu temos em desafiar ... não existe desta vez.

Dia 12 de Fevereiro de 08

Acordo com o toque de mensagem no telemóvel. Catarina convida-me para tomar o pequeno almoço no City café. Quinze minutos é o tempo suficiente para me arranjar. Quais serão as novidades da manhã? Haverá alguma? José liga-me pouco depois a perguntar a situação no país. “- Não sei! Acabo de acordar... “ estou ainda zonza de sono. Preciso de café rapidamente para que os meus neurónios espevitem. A noite foi agitada, um sono muito leve sempre atenta a todos os sons que viessem da Rua. Dudi, vizinho do Presidente, tinha acordado na manhã anterior ao som de rajadas de tiros. A caminho do café olhei atentamente para a rua e para as pessoas. O ambiente está calmo. Desconheço o que isso significa...
Acompanhada pela mana Cata e mais outro amigo elaboramos, como todos, as possíveis teorias para os acontecimentos!